QUARTA, 16/11/2022, 07:57

Incêndio que destruiu 56 ônibus na garagem da TCGL completa um ano; investigação corre em segredo de Justiça.

Até o momento, polícia ainda não conseguiu apontar as causas do incêndio, que, segundo perícia, pode ter sido criminoso.

A Polícia Civil continua investigando o incêndio de grandes proporções que destruiu 56 ônibus na garagem da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), na área central da cidade, há um ano, em 15 de novembro de 2021. Desde a divulgação da perícia do Instituto de Criminalística, em fevereiro deste ano, nenhuma informação referente ao caso veio a público. Isso porque o processo corre sob segredo de Justiça. Em nota, a Polícia Civil informou apenas que "segue investigando o caso e realizando diligências a fim de esclarecer o fato".

Desde o registro do incêndio, a polícia ouviu funcionários que podem ter presenciado o início das chamas e também analisou a perícia e as provas coletadas na garagem após o controle das chamas. Apesar disso, as causas do incêndio continuam desconhecidas.

Na perícia, a Polícia Científica conseguiu descobrir que as chamas foram provocadas por ação humana. Ou seja, assim como o que foi especulado pela própria TCGL, a principal suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso. Também foram descartadas causas como combustão espontânea, faíscas mecânicas ou algum curto-circuito nos ônibus. Além disso, não foi possível verificar se alguém entrou no terreno da garagem, pulando o muro ou de algum outro modo, para iniciar as chamas. As imagens de câmeras de segurança analisadas pela polícia não mostram movimentação no entorno do terreno no horário do início do incêndio.

O Instituto de Criminalística realizou apenas uma perícia no local e, desde então, não foi mais acionado pela polícia para a realização de novos exames no âmbito desse caso. A TCGL também teria contratado uma perícia particular, mas o resultado desse trabalho nunca foi divulgado.

O incêndio de grandes proporções movimentou diversos caminhões e equipes dos bombeiros, que levaram mais de três horas para apagar as chamas. O prejuízo à empresa, responsável por 65% das linhas do transporte coletivo em Londrina, foi de aproximadamente R$ 10 milhões.

Por Guilherme Batista

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