SEXTA, 12/07/2019, 15:43

Indígenas abrem cancelas da praça de pedágio de Jataizinho, na região de Londrina, em protesto contra possível desmonte da saúde nas aldeias

Cerca de 150 integrantes de comunidades da região participaram da mobilização, que também atingiu outras três rodovias do estado durante a manhã desta sexta-feira

Uma verdadeira multidão de indígenas de aldeias de toda a região norte do Paraná fez um protesto pacífico na praça de pedágio de Jataizinho, na BR-369, na região de Londrina, durante a manhã desta sexta-feira. A manifestação começou por volta das 9h30 com previsão de término para o início da tarde. Os cerca de 150 indígenas chegaram de ônibus e carro e, durante a manifestação, abriram as cancelas da praça. Ou seja, durante a manifestação, os motoristas que passaram pelo trecho não precisaram pagar pela tarifa.

Os manifestantes também exibiram faixas, entoaram gritos de ordem e realizaram diversas danças da tribo durante o ato. Os indígenas protestam contra o possível desmonte dos serviços de saúde oferecidos nas aldeias. Reginaldo Alves, liderança indígena da comunidade Pinhalzinho, em Tomazina, destaca que o contrato com os motoristas que transportavam os indígenas para hospitais e unidades de saúde venceu e não foi renovado. Ele afirma que todos estão com medo de que as equipes que atuam nas aldeiam também sejam mandadas embora, o que dificultaria ainda mais o atendimento dos indígenas.

O protesto em Jataizinho foi um de quatro realizados pelos indígenas em todo o estado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes também fizeram pontos de bloqueio no km 65 da BR-277, em São José dos Pinhais; no km 440, na BR-373, em Mangueirinha; e no km 460, na BR-373, em Chopinzinho.

Em nota, a concessionária Econorte, que administra a praça de pedágio de Jataizinho, informou que as reivindicações indígenas não têm nenhuma relação com os serviços prestados pela empresa, e que já ajuizou pedido de reintegração de posse da praça para restabelecer a ordem e a segurança de seus usuários.

Por Guilherme Batista

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