QUARTA, 16/05/2018, 19:22

Indústria paranaense fecha primeiro trimestre com vendas em alta

Aumento de quase 5% para os três primeiros meses não ocorria há cinco anos, desde 2013.

Os dados são da pesquisa Indicadores Conjunturais da Fiep e mostram que as vendas da indústria paranaense cresceram mais de 4,5% nos primeiros três meses desse ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Um resultado que não ocorria desde 2013, que foi um ano histórico para a indústria nacional e paranaense.

Para a Federação das Indústrias, o resultado revela que aos poucos o setor começa a se recuperar, mesmo que lentamente. O economista da Fiep, Roberto Zurcher, avalia que o resultado positivo do trimestre aponta para uma tendência de recuperação da economia em 2018.

Na comparação com fevereiro, as vendas da indústria também registraram um aumento, de 13,5%, em março, na comparação com fevereiro. Entre os setores que registraram melhor desempenho, três são de bens de consumo: comuns, calçados, vestuário e alimentos.

Justamente três segmentos que fecharam 2017 com vendas negativas e que são grandes empregadores, segundo Roberto Zurcher. E completa dizendo que as pessoas estão voltando a consumir depois de um longo período de recessão. Em Londrina e região, o economista também destaca as indústrias alimentícias e de vestuário como fundamentais para a recuperação da economia em diversas cidades.

Segundo o levantamento, na geração de empregos o resultado do trimestre aponta para uma recuperação tímida. Os setores que mais contrataram foram o de couros e calçados, que teve alta de quase 21% e automotivo, com quase 11%. Os que mais dispensaram foram o de madeira, com -12,7% e o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com perda de mais de 5%.

Roberto Zurcher ressalta que os números revelam uma particularidade da indústria. Como tem uma mão de obra especializada, na hora da crise ela é a última a demitir, mas na hora recontratar nem sempre o processo é rápido.

O setor automotivo também foi destaque positivo em março, com alta de mais de 6% em relação ao primeiro trimestre de 2017. Em contrapartida, outros segmentos, que fecharam 2017 com bons resultados, tiveram quedas significativas e preocupam os analistas, caso da indústria da madeira, que teve redução de mais de 35% nas vendas do primeiro trimestre.

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