SEXTA, 18/08/2017, 18:41

Instituto Gálatas é condenado pela justiça a devolver R$ 12 milhões à Prefeitura de Londrina

A Organização também foi condenada a pagar uma multa de R$ 5 milhões por irregularidades em um convênio assinado com a prefeitura durante a gestão Barbosa Neto.

O juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, condenou o Instituto Gálatas a devolver cerca de R$ 12 milhões à Prefeitura de Londrina. O presidente do Instituto, Sílvio Luiz Rodrigues, também foi multado em  R$ 5 milhões. O caso foi descoberto há cinco anos pelo Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. A Controladoria Geral do Município também iniciou uma investigação, junto com a Secretaria de Saúde, e elaborou um amplo relatório, que identificou uma série de problemas na parceria firmada com a entidade. O relatório foi enviado à Justiça e fez parte do processo. Segundo o Controlador Geral do Município, João Carlos Perez, o trabalho de auditoria nos documentos e contratos durou cinco anos. Entre as irregularidades encontradas no convênio com a entidade, estão a falta de documentos, despesas sem previsão e pagamentos irregulares.

Em 2011, 21 pessoas foram presas e contratos de terceirização de mão-de-obra do Programa Saúde da Família suspensos. Segundo o que foi revelado pela Operação Antissepsia, as entidades recebiam o dinheiro, mas prestavam apenas parte do serviço. De acordo com o Controlador Geral do Município, outro convênio investigado pela Controladoria foi o firmado com o Instituto Atlântico. Segundo João Carlos Perez, o prejuízo para o Município nesse outro caso, ajuizado numa ação diferente, foi de cerca R$ 8 milhões.

Segundo o Controlador, não é possível saber se o dinheiro vai, realmente, voltar aos cofres públicos, já cabe recurso da decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública. A reportagem da CBN Londrina entrou em contato com o advogado do Instituto Gálatas. André Cunha diz que vai recorrer da decisão, mas preferiu não entrar em detalhes sobre o recurso que vai apresentar à justiça.

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