SEGUNDA, 09/08/2021, 16:46

Investigados pela polícia por fraude gastavam R$ 150 mil por mês para manter construtora de fachada em Londrina

Empresa, que está nome de laranjas, teria lesado mais de 30 famílias em pelo menos R$ 5 milhões, além de trabalhadores e prestadores de serviço. Delegado pretende concluir inquérito até o final desta semana, mesmo se o proprietário da empresa, que está foragido, não se apresentar.

A Delegacia de Estelionatos de Londrina dá andamento à investigação relacionada à construtora Simão, alvo de uma operação policial na última semana acusada de fraudar a construção de pelo menos 31 casas na cidade. Segundo as investigações, a empresa, que estava no nome de dois laranjas e era de fachada, teria fechado os contratos com os clientes para a execução de reformas e obras que nunca saíram do papel. E para aplicar os golpes, os responsáveis teriam montado uma estrutura verdadeira, com o objetivo de não levantar suspeitas. Eles anunciaram o serviço em emissoras de TV e mantinham dois endereços, um no centro e outro na zona norte de Londrina, para receber os interessados. De acordo com o delegado Edgard Soriani, que investiga o caso, os investigados gastavam cerca de R$ 150 mil por mês para manter as atividades de fachada na cidade.

O número de vítimas do esquema, segundo o delegado, também não para de aumentar. Somente nos últimos dias, quase vinte pessoas procuraram a polícia para registrar queixas contra a construtora. O delegado chegou a conversar com um morador de Sarandi, onde os investigados também teriam aplicado uma série de golpes.

No dia da operação, foram cumpridos diversos mandados judiciais contra os investigados. O homem suspeito de chefiar o esquema, no entanto, não foi localizado e é considerado foragido da Justiça. Independentemente dele aparecer ou não, Soriani pretende concluir o inquérito do caso até o final desta semana. Nos próximos dias, ele também deve ouvir os dois laranjas que “emprestaram” os nomes para a abertura da construtora. Informalmente, um deles já alegou que não sabia do esquema.

O delegado também não descartou a possibilidade da abertura de novos inquéritos contra os investigados para a apuração de eventuais denúncias que ainda estão por vir.

Por Guilherme Batista

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