Juíza notifica a prefeitura de Londrina para saber o que será feito com as famílias que vivem no Flores do Campo
O residencial foi invadido há anos e a estimativa é que a reintegração de posse seja feita em agosto desse ano.
A Juíza da 1ª Vara Federal de Londrina, Dra. Geórgia Zimmerman Sperb, encaminhou uma notificação ao prefeito Marcelo Belinati, pedindo esclarecimentos sobre a pretensão do município quanto a retirada das famílias do Residencial Flores do Campo, região norte da cidade.
Depois de muitas prorrogações para reintegração de posse determinada pela própria justiça, a nova previsão para que as famílias deixem o local é em agosto.
Com a notificação da juíza o município precisa esclarecer o que será feito com as pessoas que estão vivendo no local.
A estimativa é que hoje 145 famílias ocupam o Residencial Flores do Campo.
De acordo com o presidente da Companhia de Habitação – Cohab, Luiz Cândido de Oliveira, já foi indicado um terreno público com mais de 6 mil e 800 metros quadrados, no Jardim João Turquino, região oeste para encaminhar as famílias. O projeto foi enviado à Câmara e aprovado, mas ainda há outros dois terrenos que ainda não foram colocados em pauta, no Jardim Maria Lúcia.
A áreas precisam ser repassadas para a Companhia de Habitação – Cohab - que com a posse dos terrenos pode realocar as famílias.
Os locais terão infraestrutura de água e energia elétrica, porém eles devem construir os próprios barracos.
De acordo a assessoria de imprensa da prefeitura o pedido da juíza, passou pelo prefeito e vai ser respondido pela Procuradoria Geral do Município.
A invasão ocorreu em outubro de 2016.
A assinatura para a construção do Residencial Flores do Campo foi feita em 2013. A previsão era entregar as 1.400 casas, num prazo de quatro anos. Orçado em 86 milhões de reais, o residencial teve apenas 40% da obra construída. Não há prazo para a conclusão.