Começou nesta quinta-feira (01) o julgamento da mais extensa ação entre as cinco fases da Publicano. Trata-se do processo oriundo da quarta etapa da operação que apontou a existência de um esquema milionário de corrupção na Receita Estadual do Paraná. São 110 réus, auditores fiscais em sua maioria, e 500 testemunhas de defesa.

O juiz Juliano Nanúncio, da 3º Vara Criminal de Londrina, ouviu duas testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público estadual. Ambas tinham ligação com empresas que teriam pago propina para não serem fiscalizadas, mas a dupla disse desconhecer a existência de qualquer tipo de ato criminoso dessa natureza. Uma dessas testemunhas, um contador, inclusive ironizou a força-tarefa montada pelo fisco para revisar as autuações feitas por auditores investigados. Ele falou que a iniciativa “não tem sentido”.

A promotora de justiça Leila Schimiti, no entanto, defendeu que há casos que precisam passar novamente pelo crivo da Receita Estadual. Ela também lembrou que esse esforço concentrado ainda não terminou.

Um auditor também foi ouvido nesta quinta como testemunha de defesa. Para a promotora, apesar do tamanho da ação, o trabalho da Justiça tem transcorrido regularmente e de maneira tranquila.

As audiências da Publicano 4 serão retomadas no início da tarde da próxima segunda-feira (05), já com as falas de testemunhas de defesa. A previsão é de que os interrogatórios terminem apenas em março de 2017.