QUARTA, 07/02/2018, 19:21

Júri do caso Estela Pacheco é remarcado para o fim de março

Decisão em primeira instância veio após a sétima suspensão da data de julgamento do pecuarista Mauro Janene Costa, apontado como o autor do crime.

É com esse tom de alívio que a jornalista Laila Pacheco Menechino, filha da professora Estela Pacheco, definiu o reagendamento do julgamento do pecuarista Mauro Janene Costa para o dia 22 de março, às 8h30. A decisão da juíza Michele Delezuk, de Ponta Grossa, veio um dia após a liminar do Tribunal de Justiça do Paraná que suspendeu o júri pela sétima vez. O desembargador Naor de Macedo, relator do caso, promoveu o cancelamento depois que a advogada Gabriela Silva, que defende Janene, alegou problemas de saúde em decorrência de uma gravidez.

Ela apensou aos autos um atestado médico determinando 60 dias de afastamento das atividades profissionais. A licença vence no início de março. Como o despacho do TJ não extinguiu a íntegra do processo, a Justiça de Ponta Grossa tratou de remarcar o julgamento. A magistrada disse que a defesa do pecuarista tenta esquivar o réu da aplicação da lei penal.

Ainda conforme a decisão, um eventual pedido de insistência na permanência na advogada afastada temporariamente poderá ser interpretada como “um meio ardiloso de adiar a sessão do júri”. Em último caso, não foi descartada a possibilidade da nomeação de um defensor dativo para representar Janene.

Estela Pacheco morreu em 14 de outubro de 2000. Ela foi encontrada morta no pátio de um prédio de alto padrão da rua Paranaguá, centro de Londrina. Segundo a Polícia Civil, a vítima estava no 12º andar, em um apartamento que pertence à família de Janene. Desde o começo das investigações, ele foi apontado como o autor do crime, mas, em 18 anos, nunca foi julgado. Laila Pacheco demonstrou esperança com a reviravolta no caso.

Mauro Janene Costa será julgado em Ponta Grossa após o TJ entender que o julgamento poderia ser prejudicado caso fosse realizado em Londrina.

Comentários