Um buffet de Londrina, investigado pela Polícia Civil acusado de lesar ao menos 55 casais na cidade, teve os bens bloqueados pela Justiça nesta terça-feira (22). Na decisão, a juíza Rosângela Faoro, do 3º Juizado Especial Cível de Londrina, acatou parcialmente pedido apresentado pelo advogado de uma das vítimas e bloqueou cerca de R$ 9,3 mil dos sócios da empresa para eventuais pagamentos de "danos morais e de indenização de honorários".

A decisão judicial é o mais novo desdobramento do caso, que veio a público na última semana, quando diversas pessoas foram até a casa de uma das sócias do buffet para cobrar pela execução do serviço contratado. De lá para cá, mais de 50 casais teriam procurado a polícia para registrar boletins de ocorrência contra a empresa. Na segunda-feira, o delegado Edgard Soriani, responsável pelas investigações, começou a ouvir os envolvidos no caso. Os empresários investigados também prestaram depoimento. Até o momento, segundo ele, foi possível identificar apenas duas situações de noivos que pagaram por um serviço que não foi prestado. Ainda conforme Soriani, os empresários negaram ter aplicado golpes nos clientes e disseram que só não prestaram o serviço acordado porque estão enfrentando sérias dificuldades financeiras.

Em entrevista à CBN nesta quarta-feira (23), o advogado dos sócios do buffet, Mauro Martins, confirmou o que foi dito por eles para a polícia, acrescentando que boa parte dos clientes que alegam ter sido lesados contratou serviços que só deveriam ser prestados em 2023. Tanto é que, segundo o advogado, o buffet ainda teria cerca de R$ 300 mil a receber dos clientes. Martins reconheceu que em dois casos a empresa não conseguiu honrar os compromissos por conta das dificuldades financeiras, e disse que os problemas ficaram ainda mais complicados depois de a situação se tornar pública.