Por decisão do juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara de Fazenda Pública de Londrina, os setes policiais civis presos estão com os bens bloqueados, incluindo dinheiro em banco. A decisão da justiça limita o bloqueio a R$ 1 milhão por policial. Todos são acusados de desviar carga de produtos eletrônicos vindos do Paraguai em dezembro. Eles teriam apresentado à Receita Federal apenas 5% do que foi apreendido em operação.

O pedido foi feito pelo Ministério Público (MP), por meio do promotor Renato de Lima Castro, que ingressou com uma ação de improbidade administrativa na semana passada. O juiz também autorizou o afastamento deles do cargo. Na lista dos presos, que estão na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba, o superintendente da 10ª Subdivisão Policial (SDP).

Apesar do bloqueio de bens e do afastamento, os policiais continuam recebendo o salário normalmente.

Na ação, o MP defende que o policial que comandou a ação ocultou informações. De acordo com a determinação judicial, ficou concluído que “desviram para si essas mercadorias, estimadas em mais de R$ 402 mil, ou 95% do total apreendido. Isso é corroborado pelo fato de parte delas terem sido encontradas nas casas dos investigadores” no dia do cumprimento dos mandados de busca e apreensão em Londrina.

Os policiais estão presos desde o dia 13 de fevereiro, quando foi deflagrada a operação. Eles viraram réus por peculato e associação criminosa.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos réus.