O juiz Délcio Miranda da Rocha, da 2ª Vara Criminal de Londrina, começou a ouvir as testemunhas arroladas pelas defesas dos 13 réus da Operação ZR3, que investigou um suposto esquema de pagamento de propina em troca de alterações em zoneamentos de áreas. O promotor e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Jorge Barreto afirma que, para o Ministério Público (MP), nada muda, uma vez que os advogados preferiram defender mais a idoneidade dos clientes e falaram pouco das acusações.

Das 83 testemunhas de defesa, 40 foram dispensadas pelos advogados, quatro faltaram e outras cinco foram intimadas por cartas precatórias, porque não moram em Londrina. Sendo assim, foram ouvidas pelo juiz, 24 pessoas ao longo de mais de quatro horas de audiência.

Na lista dos 13 denunciados pelo Ministério Público estão os vereadores Mário Takahashi e Rony Alves. Além do ex-servidor da secretaria municipal de obras, Ossamu Kaminagakura, ex-membros do CMC (Conselho Municipal da Cidade) e empresários. Alves foi até o Fórum, mas não conseguiu assistir aos depoimentos por falta de espaço no local. A próxima audiência foi agendada para o dia 29 de maio. Neste dia vão ser ouvidos os 13 réus e as testemunhas que faltaram.

Michel Neme, advogado de Takahashi usou sete, das nove testemunhas e defende que as acusações contra o vereador afastado não condizem com a realidade.

A reportagem não conseguiu contato com Maurício Carneiro, advogado de Rony Alves. Os dois parlamentares continuam afastados do cargo. O prazo termina em setembro, por determinação da justiça.