A 3ª Vara Criminal de Londrina condenou 33 pessoas, quase todas já cumprindo pena por outros crimes, por participação em uma organização que atua, a partir dos presídios, em diversos estados do país.

As condenações são resultado de denúncia oferecida pela 16ª Promotoria de Justiça de Londrina, a partir da Operação Irmandade, deflagrada no início de 2020. A maior pena, de 46 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, segundo o Ministério Público, foi aplicada a um dos líderes da facção.

Os réus foram condenados por crimes como participação em organização criminosa, sequestro qualificado por grave sofrimento físico (em razão de espancamento), tráfico de drogas, associação para o tráfico e falsificação de documento público. Ainda cabe recurso da decisão.

A promotora Márcia Rodrigues, responsável pela investigação, afirma que a Operação não acabou. Segundo a titular da 16ª Promotoria, duas novas denúncias estão em andamento, sendo que uma delas, que aponta mais 15 envolvidos no esquema, já foi feita à Justiça.

Ainda em 2020, a Operação Irmandade cumpriu 47 mandados de busca e apreensão e 29 de prisão preventiva em oito cidades, seis delas no Paraná, uma no Maranhão e outra na capital paulista. Em maio do mesmo ano, o MP denunciou as 33 pessoas envolvidas com o esquema criminoso. Sendo que 25 já estavam presas por outros crimes.

A promotora diz que para tentar frear a atuação das organizações criminosas dentro dos presídios o sistema deve ser aprimorado.

Deflagrada em fevereiro de 2020, a Operação Irmandade foi conduzida pelo Ministério Público em conjunto com a 4ª Companhia Independente da Polícia Militar de Londrina.