QUINTA, 05/10/2017, 19:25

Justiça dá nova ordem e funcionários da Kurica liberam saída de caminhões da coleta de lixo

Empresa afirma que não há possibilidade de readmissão dos funcionários dispensados.

Na porta da empresa, várias viaturas da PM e da Guarda Municipal e cerca de 30 policiais. Os coletores de lixo continuavam bloqueando o portão por onde saem os caminhões.

Por volta das 15:30 hrs, um oficial de justiça chegou à Kurica com a nova ordem judicial determinando o desbloqueio imediato do portão. A multa em caso de desobediência da ordem judicial também aumentou e passou dos R$ 50 mil para R$ 100 mil. Logo depois, um representante dos funcionários foi chamado para uma reunião com a direção da empresa e a Polícia Militar. Ficou definido que quatro caminhões deixariam a empresa imediatamente. Na porta da empresa, o advogado do Sindicato dos Coletores, Flávio Petrilo, reuniu os funcionários e orientou sobre a necessidade de cumprimento da ordem judicial.

E pouco a pouco os caminhões começaram a sair, segundo o representante dos funcionários, para iniciar a coleta do lixo acumulado na área central e Gleba Palhano.

Segundo o advogado do sindicato, a saída dos quatro caminhões foi indicada pela empresa. Para Flávio Petrilo, a determinação judicial foi cumprida pelos coletores.

De acordo com o advogado do sindicato, os funcionários querem a readmissão dos 5 colegas demitidos. Segundo Petrilo, a empresa acenou com diálogo e um acordo aparentemente passou a ser viável.

Com medo de mais demissões, os funcionários da Kurica decidiram não gravar entrevistas. Coube às esposas falarem por eles. Rosineide Pena é uma das que estavam na porta da empresa. Segundo ela, o marido trabalha na Kurica há 10 anos. Ela afirma estar com medo de que o marido seja demitido.

O advogado da Kurica, Camilo Viana, ressaltou que os caminhões escalados para a coleta na noite de quinta devem sair normalmente, assim como os do turno da manhã de sexta-feira. Para o advogado, a situação está definida. Camilo Viana diz ainda que não há possibilidade de readmissão dos cinco funcionários e que novas demissões não estão descartadas.

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