A decisão do juiz saiu por volta das três da tarde e apenas duas horas depois o oficial de justiça chegou ao Colégio Estadual Albino Feijó com a ordem de reintegração de posse. Os alunos foram comunicados da decisão do juiz Marcos José Vieira e pediram apenas um prazo para retirar os pertences pessoais. De acordo com o oficial de justiça, Caio Orquiza, a desocupação foi extremamente tranquila.

Antes de entregarem as chaves da escola, que ficou ocupada por uma semana, diretor alunos e oficial de justiça, fizeram uma vistoria em todos os espaços da unidade. O diretor do colégio, Marcos Busch, afirmou que a ocupação foi pacífica e não houve violência ou depredação em nenhum momento. Segundo ele, os alunos estavam organizados, cuidaram da escola e realizaram oficinas durante os sete dias.

A chefe do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Educação, Lúcia Cortez, também foi à escola acompanhar a saída dos alunos e informou que há pedidos de reintegração de posse para mais 12 colégios.

A estudante do segundo ano, Emily Caroline Benedito, de 16 anos, uma das líderes do movimento, explicou que desde o começo os alunos tinham decidido que seria uma ocupação pacífica. Segundo Emily, os estudantes são contra as mudanças no ensino médio propostas pelo governo federal.

Em todo o estado, são 340 escolas públicas na mesma situação. Com a desocupação do Albino Feijó, Londrina tem 19 instituições de ensino ocupadas. Aqui na cidade, o movimento está presente em escolas importantes, como o Hugo Simas, o Marcelino Champagnat e o Colégio de Aplicação.