SEGUNDA, 11/03/2019, 15:10

Justiça Federal condena delegado da PF a mais de quatro de anos de prisão e determina demissão do cargo

Além de Sandro Viana, juiz condenou Clodoaldo Pereira dos Santos, conhecido como Tigrinho, em caso de extorsão a empresário.

O juiz Robson Carlos de Oliveira, da 5ª Vara Federal de Londrina, condenou por corrupção passiva, concussão e violação de dever com a Administração Pública, o delegado da Polícia Federal, Sandro Viana, além de determinar a demissão dele do cargo.

O agora ex-delegado foi preso em flagrante no dia 25 de fevereiro de 2017, quando dividia uma propina de R$ 35 mil com Clodoaldo Pereira dos Santos, conhecido como Tigrinho, e que, segundo a própria PF, foi o responsável por extorquir o empresário londrinense, que pagou a propina para o delegado deixar de instaurar um inquérito policial contra ele.

Além de perder a função pública, Sandro Viana foi condenado a 4 anos e 8 meses em regime semiaberto e vai continuar com a tornozeleira eletrônica, que já usa há quase dois anos. O delegado foi monitorado por policiais da área de inteligência da PF e teve conversas de negociações gravadas com autorização da Justiça.

Na sentença, o juiz federal Robson Carlos de Oliveira, afirma que Sandro Viana teve conduta incompatível com a função pública, já que se utilizou dela para exigir vantagem econômica indevida. Quando dele se esperava o cumprimento de suas funções de investigar e combater delitos de atribuição da Polícia Federal.

Clodoaldo dos Santos foi condenado por corrupção e concussão, e também vai cumprir a pena no regime semiaberto, pelos mesmos 4 anos e 8 meses do delegado. Ele vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

Os dois ainda podem recorrer da decisão e estão proibidos pela justiça de se aproximar do empresário que denunciou o caso.

O advogado do ex-delegado, Marcelo Leal, disse à reportagem da CBN Londrina que ainda não teve acesso à sentença e por isso preferia não gravar entrevista. O advogado afirmou que esperava um resultado diferente, disse acreditar na inocência do cliente e que vai recorrer da decisão. Não conseguimos contato com a defesa de Clodoaldo Pereira dos Santos.

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