TERCA, 12/01/2021, 18:46

Justiça Federal mantém datas do Enem e primeira prova ocorre já no próximo domingo

No Paraná, mais de 240 mil candidatos devem fazer o exame, que para a APP-Sindicato é um completo absurdo que seja realizado neste momento.

A Justiça Federal em São Paulo atendeu pedido da Advocacia-Geral da União e manteve o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, para os dias 17 e 24 de janeiro. A decisão foi em resposta a uma ação movida pela Defensoria Pública da União que pediu o  adiamento do exame alegando o avanço do coronavírus no país. Mas, a juíza responsável pelo caso, Marisa Cucio, entendeu que as medidas adotadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, o Inep, são suficientes para garantir a segurança dos mais de 6 milhões de estudantes de todo país que vão fazer o exame.

No Paraná, mais de 240 mil alunos do ensino médio vão fazer o exame. A estudante Maria Clara Merigue, de 18 anos, é aqui de Londrina e vai fazer o exame na Unopar do Catuai.  Ela diz que apesar de já ter feito dois vestibulares em dezembro nenhum era do tamanho do Enem. A estudante se diz preocupada e acredita que, mesmo com todas medidas anunciadas, o risco de contrair a Covid existe.

A estudante conta que o principal problema que viu nos dois vestibulares que fez até agora foi a aglomeração de pais nos locais de provas, apesar dos pedidos das instituições.

Na decisão, a juíza federal destacou ainda que as pessoas do grupo de risco vão fazer as provas em salas com apenas 25% da capacidade total. A magistrada cita também os vestibulares da Fuvest e da Unicamp, que serão realizados sem nenhum tipo de impedimento. E que a decisão dela reflete, “com lucidez ímpar, a importância do Enem para toda a sociedade” e que o INEP está preparado para realizar a prova.

O presidente da APP-Sindicato em Londrina e Região, Márcio André Ribeiro, é taxativo e afirma ser um completo absurdo a realização de qualquer processo seletivo em um momento como o atual. O dirigente sindical diz ainda que os chamados protocolos de segurança não eliminam a chance de contaminação, mas apenas reduzem os riscos.

Para Ribeiro, uma solução seria adiar o Enem, por exemplo, por mais trinta dias e aguardar uma melhora dos números da doença no estado e no país, para não colocar em risco alunos e profissionais que vão participar do exame.

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