TERCA, 29/05/2018, 19:34

Justiça não prorroga as prisões temporárias de servidores e ex-estagiária da prefeitura acusados de fraude em cobrança de IPTU

Mas Ministério Público pede afastamento dos servidores do cargo na Secretaria de Fazenda e outras medidas para que eles não atrapalhem a continuidade das investigações.

O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Delcio Miranda da Rocha, não prorrogou as prisões temporárias dos servidores municipais da Secretaria Municipal de Fazenda, Claudinei dos Santos Sisner, Paula Carolina de Souza, além da ex-estagiária Camila Azarias. Eles são acusados de apagarem débitos de contribuintes do IPTU, tributo que foi reajustado neste ano após mudanças na PGV (Planta Genérica de Valores), foram presos na semana passada durante a Operação Password deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

O Ministério Público insiste que é necessário que os acusados se mantenham presos. Mas como a Justiça não acatou, alguns novos pedidos foram feitos à Justiça.

De acordo com o promotor Jorge Barreto, é necessário que os servidores sejam afastados dos cargos na Secretaria Municipal de Fazenda e para não atrapalharem as investigações sejam mantidos em casa durante a noite.  

O valor total de cancelamentos de dívidas, referentes dos últimos dez anos, foi de 700 mil reais, referentes a mais de 50 contribuintes. A investigação continua e novos casos devem ser identificados.

Ainda de acordo com o Ministério Público, a troca do secretário de fazenda colaborou mais com a investigação. Até então, o chefe da pasta era Edson de Souza, que foi substituído pelo João Carlos Perez, em fevereiro.

Os acusados podem responder pelos crimes de organização criminosa, observação de dados falsos no sistema público de informática, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Londrina, a orientação da Procuradoria e da Corregedoria é que eles sejam realocados fora da Secretaria de Fazenda, até que termine o inquérito do Gaeco.  

Comentários