O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha, não aceitou o pedido feito pela defesa do empresário denunciado Luis Guilherme Alho. O advogado Luciano Menezes Molina pediu a devolução dos quase R$ 300 mil apreendidos na casa do cliente dele durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. A justificativa é que a origem do dinheiro é lícita e condiz com o faturamento da empresa dele, a Global Consultoria Imobiliária.

Mas, o Ministério Público afirma que “há supeita de que o montante foi adquirido de maneira ilegal, tanto que foi apreendido durante as apuraçãoes de organização criminosa e corrupção ativa”.

Na decisão, o juiz justifica que “não há como afirmar que o dinheiro é integralmente lícito, já que ele foi denunciado porque assumia uma função de interlocução entre diferentes setores. Assim, ficam reforçadas as medidas que deferiu a busca. Também não há prova cabal de que o recurso seja proveniente de renda obtida por sua empresa”.

O advogado de defesa Luciano Menezes Molina se disse surpreso com a decisão judicial e não concorda com os argumentos do juiz.

Luis Guilherme Alho está na lista de onze investigados na Operação ZR3, deflagrada em janeiro, que apura fatos decorrentes de um esquema de pagamento de propina a servidores públicos em troca de alterações em zoneamentos em Londrina. Ele está preso e é considerado, pelo Ministério Público, o elo entre os empresários e agentes públicos.