SEGUNDA, 05/03/2018, 19:16

Justiça nega mais um pedido de vereador cassado para voltar à Câmara

Na nova solicitação ao Judiciário, Boca Aberta alegou que a autora de denúncia foi teleguiada, falou em massa de manobra e que foi cassado porque incomodava ao cumprir seu papel de vereador.

Mais uma tentativa e mais uma decisão desfavorável ao ex-vereador Boca Aberta, cassado pelo plenário da Câmara em Outubro do ano passado. No novo pedido à justiça, o ex-vereador pede sua volta à Casa em 24 horas e alega que a autora da representação, a enfermeira Regina Amâncio, agiu de má fé, foi teleguiada e serviu de massa de manobra do ex-presidente da Casa, Mário Takahashi. Na ação, Boca Aberta diz ainda que sua cassação ocorreu porque incomodava, e cumpria seu papel de fiscalizar a coisa pública.

O ex-vereador argumentou ainda que o andamento da representação na Casa contra ele foi acelerado e seria ilegal. Boca Aberta também cita a operação ZR3, diz que a cassação ocorreu justamente por conta de sua atuação e que Regina Amâncio, autora da representação, e Mário Takahashi eram íntimos. O vereador cassado também alega que faltou isenção ao processo, já que a Câmara estaria sendo comandada por membro de uma quadrilha e, mais uma vez, se refere à Operação do Gaeco.

Na decisão, o juiz Marcus Renato Nogueira Garcia afirma que o fato da enfermeira e do ex-presidente da Câmara serem desafetos políticos de Boca Aberta não é motivo para a nulidade do processo. O magistrado também diz que as alegações trazidas pela defesa do vereador cassado carecem de verossimilhança e decide negar o pedido de liminar.

O Procurador Jurídico da Câmara, Miguel Aranega, afirma que as alegações da defesa do ex-vereador são basicamente as mesmas de outras ações, que também tiveram decisões contrárias do judiciário, e que todos os ritos seguiram o Código de Ética e o Regimento Interno da Câmara.

Segundo Aranega, até agora foram protocoladas pela defesa de Boca Aberta no judiciário cerca de 16 ações envolvendo o processo de cassação dele.

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