SEGUNDA, 24/12/2018, 08:58

Justiça nega pedido de liberdade de Rony Alves. O vereador afastado foi preso no sábado acusado de ter ameaçado a principal testemunha da operação ZR3

O juiz de plantão também negou a troca de Alves da PEL I para o Corpo de Bombeiros

O juiz de plantão Luiz Eduardo Nardi negou o pedido de soltura do vereador afastado, Rony Alves. O juiz também negou o pedido de troca de local da prisão. Ele não aceitou mudar Alves da unidade I da Penitenciária Estadual de Londrina para o Corpo de Bombeiros.

Ele foi preso na tarde de sábado por ser acusado de coagir a principal testemunha da operação ZR3, que investiga um suposto esquema de pagamento de propina na Câmara em troca de alteração de zoneamentos. Segundo o promotor Jorge Barreto, Alves estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e descumpriu uma das medidas restritivas impostas: cometeu crime de coação no curso do processo.

Como provas da ameaça, o Ministério Público tem o depoimento de Junior Zampar. O agricultor relata e as imagens das câmeras de segurança mostram que ele foi abordado por Alves na saída de uma agência bancária, que fica na avenida Santos Dumont. Zampar afirmou ao MP que, no dia 7 de dezembro, o vereador afastado fez ameaças a ele em relação aos depoimentos dados ao Gaeco. A ida de Alves ao banco no dia e horário relatados por Zampar foi confirmada também pelo relatório de monitoramento, solicitado ao Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon).

Ainda não tem data definida para que Alves seja ouvido pelo Gaeco.

Em nota, o advogado Mauricio Carneiro afirma que: “a abordagem foi feita inicialmente pelo próprio Zampar que lhe tocou no ombro, dentro da Agência, para lhe pedir desculpas. Eles seguiram até o estacionamento e toda a questão do Rony ter falado sobre o Zampar ter filhos, mãe ou coisa que o valha foi no sentido de que se ele, o Zampar, tinha consciência do quanto essa história destruiu a vida do Rony e de sua família. Um sentido que parece muito fácil de qualquer um inferir e que passa muito longe de qualquer tipo de ameaça. A conversa é natural até pelo contexto, ocorrida em local público, de forma totalmente casual, sem maldade alguma”.

Por Claudia Lima

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