SEGUNDA, 13/06/2016, 19:56

Justiça prorroga prisões de PMs suspeitos de participarem de chacina em Londrina

Advogado de policiais militares diz que recorrerá ao TJ para tentar liberdade dos clientes.

A Justiça em Londrina acolheu pedido da Polícia Civil e decidiu prorrogar por mais 30 dias as prisões temporárias de seis policiais militares e um empresário que são suspeitos de participarem da chacina ocorrida na cidade em janeiro deste ano. O prazo inicial de 30 dias de detenção terminou nessa segunda-feira. A série de homicídios ocorreu após o assassinato do PM Cristiano Botino em uma avenida da zona norte de Londrina. Foram 11 vítimas fatais. Outras seis pessoas haviam sido mortas naquela semana depois de um policial militar sofrer um atentado a tiros também na região norte. O advogado Cláudio Dalledone Júnior, que representa cinco dos PMs presos, alegou que os clientes são inocentes e disse que entrará com um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná ainda nesta terça-feira para tentar colocar o grupo em liberdade.

A Polícia Civil ainda não confirma as identidades dos presos. Mesmo assim, para Dalledone Júnior, o processo está cercado de espetacularização. O advogado também criticou a postura do delegado Cristiano Quintas, um dos responsáveis pela investigação. Segundo o defensor, houve uma “escolha prévia” dos suspeitos.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil disse que a corporação não comenta as declarações de Dalledone Júnior a respeito do delegado. Perguntada sobre o que motivou o pedido de manutenção das prisões, a assessoria não nos respondeu até o fechamento da matéria.

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