QUINTA, 23/08/2018, 09:45

Justiça suspende de novo os trabalhos da Comissão Processante contra Rony Alves e Mario Takahashi

O juiz determinou que a investigação retorne a fase dos depoimentos

O juiz Marcus Renato Nogueira Garcia, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, suspendeu de novo os trabalhos da Comissão Processante (CP) da Câmara de Vereadores. A liminar foi concedida à defesa do vereador Rony Alves e agora, a CP volta à fase dos interrogatórios. A alegação é de que nem Alves, nem a defesa dele, foram intimados para participar do depoimento do vereador Mario Takahashi, que foi realizado na última terça-feira.

Na decisão, o juiz destaca ainda que “o denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente ou na pessoa de seu procurador, com antecedência de pelo menos 24 horas”. O advogado Maurício Carneiro comemora a decisão.

Takahashi e Alves são réus na operação ZR3, que investiga um suposto esquema de pagamento de propina em troca de alterações de zoneamento na cidade. Eles são considerados, pelo Ministério Público (MP) os “cabeças” do grupo. O caso está sendo apurado pela câmara, que concluiu que ouve quebra de decoro parlamentar.

A sessão de julgamento foi marcada para segunda-feira, dia 20. Mas, por decisão judicial, foi suspensa para que o vereador Mario Takahashi fosse ouvido pelos membros, o que aconteceu na terça. A CP pode resultar na cassação do mandato dos dois. Ainda na segunda-feira, o habeas corpus de Alves e Takahashi foi negado. Ou seja, a justiça manteve o a prorrogação do afastamento deles por mais 180 dias. O primeiro prazo terminou e foi prorrogado até janeiro. O advogado vai recorrer. 

Na justiça, os vereadores respondem por organização criminosa

Por Claudia Lima

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