QUARTA, 01/08/2018, 19:40

Justiça suspende inquérito do Gaeco que apurava suposta intimidação sofrida por empresário em reunião da Comissão Processante da ZR3

Advogados dos vereadores investigados pela CP chegaram a pedir a prisão da testemunha enquanto ela prestava depoimento. Mas, de acordo com decisão judicial, isso não configura coação.

O juiz da 4ª Vara Criminal de Londrina, Luiz Valério dos Santos, suspendeu, em caráter liminar, o inquérito aberto pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado pra apurar a suposta intimidação sofrida pelo empresário Junior Zampar durante depoimento à Comissão Processante da ZR3 no início do mês passado. A decisão atendeu um pedido feito pela defesa dos advogados que estavam sendo investigados.

Segundo o inquérito do Gaeco, Maurício Carneiro e Anderson Mariano, advogados dos vereadores afastados Rony Alves e Mário Takahashi, respectivamente, teriam sido os responsáveis pela coação cometida contra a testemunha, considerada a principal do processo, uma vez que levou a informação sobre o suposto esquema de corrupção ao Ministério Público no ano passado.

A organização, segundo as investigações, era chefiada pelos dois parlamentares, e cobrava propina de empresário em troca da aprovação de projetos de mudança de zoneamento.

Os defensores chegaram, inclusive, a pedir a prisão de Zampar durante a reunião, uma solicitação que não foi acatada pela CP.

Mas, de acordo com a decisão judicial, toda a situação não configuraria coação, como destacou o advogado Rafael Garcia, que defende Carneiro e Mariano no processo.

O delegado do Gaeco, Alan Flore, informou apenas que ainda não foi notificado da decisão, e que quando isso acontecer iria prestar todas as informações em juízo e trabalhar pra retomada do inquérito policial.

Por Guilherme Batista

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