QUARTA, 26/08/2020, 10:25

Justiça vetou pedido de volta às aulas na rede particular de Londrina

Sinepe diz que vai recorrer no Tribunal de Justiça. Prefeito Marcelo Belinati deverá prorrogar decreto de suspensão que vence no dia 31 de agosto

O juiz Marcos José Vieira da 1ª Vara de Fazenda Pública indeferiu nesta terça-feira (25) um pedido feito pelo Sindicato das Escolas Particulares de Londrina para o retorno imediato das escolas na rede particular do município.  

O juiz o considerou que os decretos municipais que mantêm suspensas as atividades presenciais de educação desde março têm como subsídio as medidas para evitar o colapso do sistema de saúde em caso de um avanço descontrolado do novo coronavírus, como ocorreu em países da Europa.

Ao negar a liminar, o magistrado ainda ressaltou que as decisões do prefeito Marcelo Belinati seguem orientações do Coesp, órgão de técnicos e autoridades da saúse, que alega que permanência de alunos em sala de aula fechada poderia intensificar riscos de contágio da Covid-19.

Marcos Vieria disse ainda que pode-se presumir, ao menos até que haja prova em contrário, que os atos administrativos questionados foram concebidos de forma legítima. Ele conclui ainda dizendo que não cabe ao Judiciário substituir o Poder Executivo Municipal, de modo a interferir nas delicadas escolhas entre manter ou abrandar as medidas de distanciamento e ou isolamento social.

Já o presidente do SINEPE, Auderi Ferraresi, disse que pretende recorrer da decisão no Tribunal de Justiça.

Com a negativa da Justiça, o Sindicato das Escolas pretende também retomar o debate com o Poder Executivo.A Prefeitura de Londrina não comentou a decisão judicial sobre retorno da atividade escolar. As aulas tanto no ensino público e privado estão suspensas por decreto municipal de março deste ano por conta da pandemia no novo coronavírus e o  decreto que finaliza no dia 31 de agosto. Entretanto, o prefeito Marcelo Belinati disse no último domingo que ele o  decreto será renovado.    

As atividades do segmento seguem como uma das mais afetadas neste período de pandemia. Segundo os dados do Caged, só em Londrina, a rede privada de educação foi responsável por 236 demissões no mês de Julho.

Por Guilherme Marconi

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