Para os hospitais, a Covid-19 trouxe uma nova realidade, e com ela o isolamento de muitos pacientes causado pelas longas internações, muitas delas em UTIs. Com poucas semanas de pandemia, os serviços de saúde conseguiram uma solução para tentar minimizar o problema: as videochamadas feitas por celular. Uma tentativa de aproximar um pouco mais as famílias de quem está numa UTI.

Mas, havia alguns problemas legais por trás da novidade, que geravam insegurança jurídica nas instituições e nos profissionais. No Hospital da Zona Sul, o diretor Geraldo Júnior diz que, por conta da proibição das visitas, a instituição já tinha se adaptado parcialmente para as videochamadas, não só para os pacientes em tratamento da Covid.

Com a nova lei, de autoria da vereadora Lu Oliveira, e sancionada pelo prefeito Marcelo Belinati no fim da semana passada, todos os hospitais públicos e privados de Londrina podem passar a fazer as chamadas de vídeo, que acabam funcionando como uma visita hospitalar virtual.

O diretor do Zona Sul explica que com as novas regras, as instituições de saúde ficam legalmente respaldadas, inclusive para comprar os equipamentos, como celulares e tablets. O próximo passo dos hospitais é criar protocolos para que o serviço passe a funcionar regularmente, ele afirma.

Geraldo Júnior diz ainda que a lei é importante para os pacientes e familiares e afirma também que as chamadas de vídeo humanizam o atendimento e ajudam a minimizar o sofrimento de quem está no hospital.

Pelo texto da Lei Municipal, cada paciente tem direito a uma videochamada por dia e os horários devem ser definidos pelo hospital, que também fica responsável pela garantia da privacidade e do sigilo.

Por isso, todos os pacientes, familiares e profissionais de saúde envolvidos precisam assinar um Termo de Responsabilidade, que proíbe a divulgação de qualquer imagem que exponha os envolvidos.