SEGUNDA, 13/04/2020, 08:20

Levantamento da UEL traça cenário de perdas econômicas da quarentena no Paraná e em Londrina

Só aqui na cidade, estudo estima a perda, apenas nos primeiros quinze dias do isolamento, de mais de 3 mil postos de trabalho.

Em 15 dias úteis de paralisação, com a redução da atividade econômica por conta da pandemia de COVID-19, as estimativas decorrentes do isolamento social mostram que o Paraná pode perder cerca de 60 mil empregos formais. Isso representa uma diminuição de 1,65% do rendimento do trabalho formal. A redução da produção de renda, de acordo com o levantamento, gira em torno de 2,2% no estado.

O professor Umberto Sesso Filho, do Departamento de Economia do Centro de Estudos Sociais Aplicados da UEL, um dos responsáveis pelo estudo, explica que os efeitos são cumulativos e que os prejuízos serão ainda maiores com a ampliação da chamada quarentena para além desses primeiros 15 dias.

Umberto Sesso explica ainda que a maioria dos postos de trabalho perdidos até agora no estado com as medidas anunciadas está entre os trabalhadores com ensino médio, cerca de 35 mil pessoas desempregadas.

Em segundo lugar, afirma o professor, aparecem os profissionais com nível fundamental (17.500), seguidos dos que têm nível superior (8 mil). Ao todo, de acordo com o levantamento, o estado deve perder quase 8 mil empresas, sendo, 7.800 micro e pequenas e 120 médias e grandes.

Em Londrina, o impacto econômico do isolamento social, apenas nos 15 primeiros dias, segundo o professor, deve atingir 170 micro e pequenas empresas. Dos 60 mil empregos formais perdidos no estado, o estudo mostra que 3.000 estão em Londrina, sendo 1.700 trabalhadores com nível médio, 800 com ensino fundamental e 500 com nível superior.

Umberto Sesso afirma ainda que as medidas de auxílio aos setores produtivos, anunciadas pelas três esferas de governo, devem minimizar os impactos econômicos da crise, mas defende uma ampliação desse socorro para setores mais prejudicados, como a aviação civil e a indústria automobilística, dois setores fundamentais para o restante da economia.

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