Londrina completa 89 anos neste domingo, 10 de dezembro
De olho no aniversário de 90 anos, a CBN decidiu ouvir alguns personagens dessa história, para entender quais os principais desafios que a cidade precisa enfrentar daqui pra frente.
Uma cidade forjada pelas mãos de colonos, gente desbravadora, de diferentes origens e que foi crescendo pela força do agronegócio, quando ele ainda nem tinha esse nome. Uma história de diferentes ciclos econômicos ao longo de seus 89 anos, o principal deles o do café, e de uma colonização marcada pela diversidade, que fez de Londrina esse caldeirão de culturas. Com italianos, japoneses, ingleses e brasileiros de todas as regiões.
Uma história de 89 anos que também se confunde com a da própria igreja católica, afirma o padre Rafael Solano, Cura da Catedral Metropolita e vigário-geral da arquidiocese de Londrina. Uma cidade especial, diz o padre, também pela sua diversidade religiosa.
Uma Londrina que também teve altos e baixos na política nesses 89 anos e que se lamenta de ainda ter pouca representatividade nos cenários estadual e federal. Uma cidade que, apesar de ser um polo regional em comércio, serviços e tecnologia, carece de um setor industrial mais representativo. E que, mesmo com bons índices em diversas áreas, como a educação e o saneamento, também tem seus gargalos.
Se o passado foi de avanços e, claro, de dificuldades, quais são os principais desafios dessa cidade de quase 600 mil habitantes, que já pensa nos seus 90 anos. Em que pontos é preciso evoluir.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina, Angelo Pamplona, a cidade tem entre seus principais desafios uma industrialização moderna, de baixa emissão de carbono e voltada para o século XXI.
Pamplona avalia ainda que faltam lideranças políticas de peso para conduzir o desenvolvimento da cidade, como foi em outros tempos, e diz que, com esse vazio, as entidades acabaram tomando as rédeas do processo.
O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo El Kadre, acredita que, além da representatividade política, a cidade tem ainda, entre suas principais carências, um parque industrial moderno e uma infraestrutura mais arrojada e usou como exemplo o Aeroporto e o Contorno Leste.
Na avaliação da engenheira e presidente do Sindicato da Construção Civil Paraná Norte, Célia Catussi, o principal desafio da cidade nessa virada para os 90 anos é ter um novo Plano Diretor que atenda às diferentes necessidades da população, não só de Londrina.
Diego Menão, executivo responsável pela gestão do Masterplan, o plano estratégico de desenvolvimento do Município para as próximas duas décadas, diz que Londrina precisa se acostumar com a maturidade de quem cresceu rápido.
E que o momento é de consolidar a cidade como um grande centro, ativo, inovador e com qualidade de vida.
O prefeito Marcelo Belinati destacou os avanços em seus sete anos de gestão, disse que a cidade vive um momento especial e foi outro que também apontou o Masterplan e o novo Plano Diretor como os principais desafios para os próximos anos.