QUINTA, 26/08/2021, 10:40

Londrina computou 16 mortes em confrontos policiais em 2020

Ao todo no Estado, levantamento do Gaeco traz 210 mortes, o que representa aumento de 14,13% em comparação com 2019

O Ministério Público do Paraná, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), divulgou nesta semana o levantamento do número de mortes em confrontos com militares e guardas municipais no primeiro semestre de 2021 em todo o estado. No total, foram 210 mortes, o que representa um aumento de 14,13% em relação ao mesmo período de 2020, quando ocorreram 184 mortes em circunstâncias semelhantes.

Londrina teve 16 mortes em confronto no ano passado só perde para capital Curitiba que computou 45 óbitos. Piraquara, na região metropolitana da capital aparece em terceiro com 11 mortes, Colombo com 10 e em quinto aparece Arapongas com 6 casos.

 Das 210 mortes em confrontos, duas foram entre guardas municipais de Curitiba e 208 com policiais militares, não houve mortes em confrontos com policiais civis;

Nos confrontos com policiais militares, 57 das vítimas eram parda ou negras e 42,8% brancas. Em relação à faixa etária, 111 vítimas (53,36%) em confrontos com PMs tinham de 18 a 29 anos.

No mês passado, representantes do MP e da Polícia Militar do Paraná reuniram-se para discutir, entre outros temas, possíveis medidas para diminuir esses índices. 

De acordo com coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, o aumento do número de mortes em confrontos precisam levar em conta diversos fatores. Entre eles, o aumento da violência e também a forma da abordagem.

O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MP com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens conduzidas pela polícia.

Em Londrina, na semana passada o comandante-geral da PM do Paraná, Hudson Teixeira confirmou que a policia militar estuda implantar o mesmo sistema adotado pelo estado de São Paulo do uso de câmeras acopladas  nas fardas dos policiais militares durante abordagem. Um dos objetivos é diminuir percentual letalidade durante ações da PM.

Por Guilherme Marconi

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