QUINTA, 22/06/2017, 09:09

Londrina deve ter mais quatro pontos de entrega voluntária para descarte de resíduos.

Londrina realiza reunião pública para tratar dos lixões clandestinos da cidade.

Medida é um dos encaminhamentos de reunião pública para tratar dos lixões clandestinos na cidade. Promotora cobra plano de gestão para fiscalizar crimes ambientais

 

Uma reunião convocada pelo vereador Vilson Bittencourt (PSB) mobilizou a presença de representantes do poder público e líderes comunitários nesta quarta-feira na Câmara Municipal. Em pauta, um problema crônico: o descarte irregular de resíduos sólidos no município de Londrina.

De acordo com o Instituto Ambiental do Paraná, hoje são mais de 350 pontos irregulares na cidade. O mais preocupante deles está localizado em uma área do Jardim Ana Terra, na Zona Oeste. São quase 500 metros de resíduos espalhados por uma rua de terra. A prefeitura admite que a situação, ali, fugiu ao controle.

Na reunião, as autoridades apontaram duas metas: limpeza dos lixões clandestinos e fiscalização do descarte irregular de resíduos e entulho. Atualmente, Londrina tem apenas dois Pontos de Entrega Voluntária, que são áreas públicas delimitadas para receber legalmente esse tipo de material. As autoridades também se comprometeram a agilizar a inauguração de mais quatroPEVs.

O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo de Londrina, Moacir Sgarioni, lembra que no ano passado a prefeitura gastou cerca de 13 reais por metro cúbico para encaminhar o lixo para as empresas de tratamento. E, por essa conta, o custo estimado para a destinação do lixo, em 2017, passaria de 1 milhão de reais, de acordo com o presidente da CMTU, Moacir Sgarioni.

A Secretaria do Meio Ambiente vai firmar um convênio com a Guarda Municipal para ajudar na fiscalização. Cerca de 80 agentes foram capacitados. Atualmente, a Sema tem seis fiscais para trabalhar na autuação em crimes ambientais. A Secretária do Meio Ambiente, Roberta Queiroz, fala sobre as articulações firmadas entre os órgãos municipais para combater as irregularidades.

A promotora do Meio Ambiente, Solange Vicentin, por sua vez, cobra da prefeitura um plano de gestão, para a destinação e o tratamento dos descartes.

No Jardim Ana Terra, a prefeitura chegou a concluir uma limpeza dos resíduos em 2015, mas autorizou o uso da área por pequenos geradores. É o que afirma o líder da Associação dos Carroceiros, Juliano Custódio de Oliveira.

O coordenador estadual do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, Carlos Santana, também participou da reunião. Ele deu um prazo de 30 dias para ver os primeiros resultados na limpeza e na fiscalização da área no Jardim Ana Terra. Se isso não acontecer, ele declarou que vai acionar a corregedoria do Ministério Público. Em fevereiro, ele protocolou uma denúncia ao IAP, pedindo esclarecimentos. O IAP respondeu que a nova administração da CMTU passou a fazer blitz nos pontos de descarte irregular. O Instituto ainda afirmou que os resíduos destes pontos terão os materiais pré-reciclados e encaminhados para cooperativas da região. O Movimento ainda cobra a notificação à América Latina Logística, a ALL, responsável pela área ocupada pelo lixo na Zona Oeste, como explica Carlos Santana.

 

REPÓRTER ANDRÉ COSTA BRANCO

Londrina deve ter mais 4 Pontos de Entrega Voluntária, para descarte de resíduos.

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