TERCA, 12/09/2023, 10:00

Londrina é 2º lugar em mortes em confrontos com a PM; Cambé está em 5º no Paraná, aponta Gaeco.

Mortes de civis em ações da polícia militar teve expressiva redução de 37% em 2023.

O Ministério Público do Paraná divulgou nesta terça-feira (12) o balanço das mortes registradas em confrontos com forças estatais de segurança em todo o estado no primeiro semestre deste ano.   Foram 158 mortes, sendo 156 resultantes de confrontos com policiais militares e duas com guardas municipais. Não houve registro de morte causada por policiais civis.

Segundo o levantamento realizado Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Londrina foram 16 mortes em confronto nos primeiros seis meses desse ano, ou 10% do total de vítimas do Estado. No ano passado, Londrina registrou 50 mortes em confronto com policiais militares.

No Estado em comparação com o segundo semestre de 2022, a queda foi de 32,5%. Já  na comparação com o igual período do ano passado, a queda é de 37,8%.

O controle estatístico dessas mortes faz parte de estratégia institucional do MP para a diminuição da violência das abordagens conduzidas pela polícia. O coordenador do órgão, o procurador Leonir Battisti avalia que o maior rigor das apurações ajudou nesta queda expressiva de mortes em confrontos em 2023 até agora.

Houve registros de mortes de civis em confronto em 50 cidades paranaenses. No topo da lista está Curitiba com 33 casos, Londrina em segundo com 16, mas chama atenção Apucarana em terceiro com 8 mortes e Cambé em quinto com 6, que são municípios menores.

Segundo Batisti não é possível atribuir uma causa específica para esses casos das cidades do norte do Paraná, mas segundo ele, todas as mortes e envolvimentos dos policiais nos casos são investigados e acompanhados de perto pelo Gaeco.

O Governo do Paraná ainda não implantou o modelo de câmeras nas fardas da PM. O processo licitatório está em curso. O Gaeco e outros órgãos sugerem a implantação da ferramenta para trazer mais segurança também aos policiais e maior transparência nas abordagens.

O Gaeco também faz um recorte dos casos por cor da pele e faixa etária. Ao todo, 50% dos mortos em confronto eram pardos, 4,4% eram negros 4,4% e 45,6% brancos. Em relação à faixa etária, mais de 60% tinham entre 13 e 29 anos e 35,4%, entre 30 e 59 anos.

Por Guilherme Marconi

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