Os números da dengue não param de aumentar em Londrina. O município já soma 916 casos confirmados e cinco mortes pela doença desde o início do atual período epidemiológico, em agosto do ano passado. Quatro delas já foram oficialmente confirmadas, e a quinta, de uma farmacêutica de 67 anos, registrada na última semana, deve constar no próximo boletim estadual. Os números de Londrina, que também tem quase 2 mil casos suspeitos, são os maiores entre todas as cidades do estado, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde. Uma situação preocupante, e que se torna ainda mais crítica se levarmos em conta o cenário caótico e de superlotação da rede hospitalar por conta da pandemia de coronavírus.

A Secretaria Municipal de Saúde garante que tem realizado mutirões de limpeza e a aplicação do fumacê nos bairros que apresentam os maiores índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, mas lembra que a população também precisa fazer a parte dela. O avanço desenfreado dos números também é acompanhado com preocupação pela presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal de Londrina, vereadora Lenir de Assis (PT).

A parlamentar garante que, se for necessário, vai enviar um ofício ao município cobrando medidas mais enérgicas contra a possível epidemia. Mas, assim como a secretaria, ela lembrou que o controle dos números da dengue passa diretamente pelos cuidados a serem tomados pela população.

Em todo o Paraná, já foram confirmados 6.405 casos e 14 mortes pela doença, mais de um terço delas em Londrina. O estado tem, ainda, mais de 45 mil casos suspeitos. O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que os números atuais são bem menos graves na comparação com os registrados entre 2019 e o ano passado, período em que o Paraná viveu uma grave epidemia de dengue. Apesar disso, ele alertou que o risco de um novo surto não pode ser descartado.