Londrina encaminha carta de intenções de compra direta de vacinas para laboratórios.
Após receber propostas de supostos representantes de industrias farmacêuticas do exterior, município adota o protocolo por precaução e para manter negociação aberta e direta com produtores do imunizante contra a Covid-19.
A prefeitura de Londrina e de outros municípios tem recebido visita de grupos que se apresentam como representantes de grandes laboratórios do exterior e alegam estar aptos para importar o imunizante contra o coronavírus. Entretanto antes de assinar qualquer documento, a Secretaria de Gestão Pública do município adotou um novo protocolo e optou por enviar diretamente às farmacêuticas fabricantes uma carta de intenções de compra.
Foram consultadas empresas como a Jansen, da Johnson & Johson, a Pfiser, a Moderna e o Instituto Oxford/Astrazenaca e até o Butantan, que está produzindo a vacina CoranaVac, institutos que fecharam acordos com o Ministério da Saúde.
Segundo o secretário municipal de gestão pública, Fábio Cavazzotti, o envio das cartas é uma forma de precaução para evitar intermediários mal intencionados, mas também um recado de que o município que entrar na jogada da compra de vacinas, assim que tiverem doses disponíveis para essa negociação direta.
Segundo Cavazzotti, a ação de compra direta por parte das prefeituras está amparada em uma decisão recente, do STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou municípios e estados brasileiros a comprarem vacinas contra o coronavírus que tenham sido aprovadas pela Anvisa.
Cavozzoti citou que nas últimas apareceram várias empresas que dizem representar os laboratórios. Em alguns casos a Prefeitura tem acionado o Ministério Público em outros mantém o diálogo até ter a confirmação de que são os representantes aptos e depois prosseguir a negociação.
O primeiro laboratório que respondeu a prefeitura de Londrina, foi Johson & Johson que teve desenvolveu o imunizante de uma só dose aprovado recentemente pela Anvisa. Entretanto a fabricante respondeu que a companhia neste periodo emergencial irá fornecer sua vacina somente às esferas federais para possibilitar o amplo acesso da população ao programa nacional de imunização. E alega que neste momento nenhuma pessoa física ou empresa está autorizada a negociar em nome da Jansen com nenhum entre público ou privado.