Londrina entrega oficialmente o Plano de Mobilidade Urbana de Londrina
Estudo mostra que somente 19% dos deslocamentos na cidade são feitos pelo transporte público
Uma das constatações do PLANMOB, o Plano de Mobilidade Urbana de Londrina é que o programa de transporte público em Londrina ainda é pouco utilizado. Somente 19% dos deslocamentos são feitos pelo transporte público (ou 25% das viagens motorizadas). Além disso, o diagnóstico aponta que o uso do transporte público é predominante utilizado por pessoas de baixa renda, das classes C, D e E. Já o transporte privado é mais utilizado pelas classes A e B (renda domiciliar acima de R$ 4 mil).
O documento também aponta que o Plano de Mobilidade de Londrina é caracterizado por viagens radiais, sendo notável o maior uso de transporte público na zona norte e maior uso de privado na região da Gleba Palhano.
O material foi elaborado pela Logit Engenharia Consultiva, empresa contratada através de licitação para elaborar o Plano, e foi revisado pelo corpo técnico do Ippul. O gerente da empresa Thiago Meira disse que os usuários de ônibus fazem três críticas sobre os ônibus, valor da tarifa, tempo de espera e lotação dos ônibus.
Ainda para incentivar o uso do transporte público, o Planomob sugere mais subsídios como foi feito em janeiro pela prefeitura de Londrina que decidiu subsidiar a passagem dos idosos e pessoas que deficiência que anteriormente eram pagas por rateio dos usuários. Segundo Thiago Meira uma maneira de obter receita é aumentar o número de estacionamentos rotativos da Zona Azul.
Com relação às ciclovias, a plano mostra que há 41 km implantados, 8 km em construção, mas bem aquém dos 400 km necessários. Para isso, foi feita a projeção e mapeamento de todos os pontos críticos onde podem ser implantadas e interligadas as novas ciclovias. O estudo também mostra que o relevo de Londrina é adverso ao convívio do ciclista com o tráfego geral e que a malha cicloviária ainda é muito descontínua. Para conectar ciclovia no sentido norte-sul é necessário cruzar fundos de vale, enfrentando desníveis e declividades desafiadoras. A Pesquisa Origem-Destino apontou que apenas 1% dos deslocamentos em um dia útil são realizados de bicicleta.
Sobre as calçadas, o PLANMOB aponta que, apesar de um bom programa de calçadas, com elevada penetração no centro, muitas regiões são desprovidas de infraestrutura básica para caminhada. Falta qualidade, padronização e continuidade das calçadas, apesar de que em grande parte da cidade o passeio público possui boa largura. Faltam também rampas e pisos táteis.
O PLANMOB também aponta um elevado número de acidentes com feridos (mais de 10 por dia), o que demostra a necessidade de moderar o tráfego no município. Existem indícios de um elevado número de motoristas que não respeitam limites de velocidade em Londrina, requerendo medidas para aumentar segurança: fiscalização e medidas de moderação de tráfego.