SEGUNDA, 30/11/2020, 08:29

Londrina poderia ter registrado pelo menos 8 mil casos de coronavírus a mais se não fossem Lei Seca e outras medidas de restrição tomadas em setembro.

Projeção foi feita pelo setor de estatística da UEL e divulgada pela prefeitura neste domingo junto com uma prestação de contas da doença na cidade.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, apresentou, durante live realizada na noite deste domingo nas redes sociais, uma projeção realizada pelo setor de Estatística da Universidade Estadual de Londrina (UEL) sobre como a pandemia de coronavírus poderia ter avançado ainda mais na cidade se não fossem as medidas de restrição tomadas pela prefeitura em setembro, entre elas a chamada Lei Seca, que, durante quinze dias, restringiu a venda e o consumo de bebida alcóolica em todos os estabelecimentos comerciais do município.

Caso nada tivesse sido feito, conforme a projeção, Londrina teria hoje 23.673 casos da doença, 8.600 a mais do que os cerca de 15 mil registrados até domingo. O prefeito Marcelo Belinati, que também participou da live, ressaltou a importância das ações realizadas desde o início da pandemia, e reiterou que a população precisa continuar fazendo a parte dela.

A projeção foi apresentada durante uma verdadeira prestação de contas da pandemia em Londrina, que trouxe dados detalhados das vítimas da Covid-19. Do total de infectados, por exemplo, 500 apresentavam comorbidades associadas e, na maioria dos casos, os doentes precisaram ser internados. Já em relação aos internamentos, 11% dos pacientes tinham entre 20 e 39 anos; 32% entre 40 e 59; e 56% dos doentes tinham mais do que 60 anos.

A idade avançada também fez diferença em relação aos óbitos: 83% das pessoas que perderam a vida para o coronavírus em Londrina tinham mais que 60 anos; 16% tinham entre 40 e 59; e apenas 1% tinham entre 20 e 39 anos. Os dados divulgados também trouxeram quais comorbidade mais influenciaram na morte dos infectados: 44% das vítimas fatais sofriam de doenças cardiovasculares; 42% de diabetes; 32% de hipertensão; e 13% de insuficiência renal.

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