Um crescimento rápido, mas que não chega a impressionar os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde. No dia 28 de fevereiro, Londrina tinha 190 casos confirmados de dengue. Sendo que mais de 150 deles, em moradores da zona sul. E a doença continuou avançando em março. No primeiro boletim do mês, já eram 236. No dia 14, mais um salto e a confirmação de 357 casos e na semana passada, 448 casos.

O novo boletim divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria, o 9º do ano, traz um crescimento de quase 20%, de uma semana para a outra com 83 novas confirmações, e mostra que a dengue continua avançando com força em Londrina. Já são 531 casos confirmados da doença desde o início do ano.

O secretário Municipal de Saúde, Felippe Machado, diz que, apesar dos esforços da Prefeitura, algumas situações, como a grande quantidade de focos do mosquito pela cidade são inaceitáveis. O secretário afirma ainda que os números não surpreendem, já que desde o início do ano, os primeiros levantamentos de infestação pelo Aedes Aegypti mostravam que seria um verão preocupante.

Felipe Machado diz que mesmo com os 531 casos desde o início do ano e o aumento registrado em todos os nove boletins semanais, a situação em Londrina ainda está distante de uma epidemia.

Duas mortes de idosos por dengue, que ainda estavam em investigação no último boletim, foram confirmadas. Em ambas as situações, as vítimas eram pessoas com mais de 60 anos. Um terceiro caso, de uma jovem foi descartado.

O boletim também revelou que a região sul da cidade continua sendo o destaque negativo e concentra a maioria dos casos, 373 dos 531. O número corresponde a pouco mais de 70% do total registrado na cidade. O secretário de Saúde, mais uma vez, apela para que a população participe mais ativamente do que ele classifica como uma batalha contra o mosquito.

E a dengue segue avançando também pelo Estado, que registrou, em uma semana, 325 novos casos. Foram 1.522 confirmações, contra pouco menos de 1.200 no último boletim. No país, os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no início dessa semana, também mostram que o número de casos da doença cresceu 224% desde o início do ano.