Londrina tem Janeiro com 10 vezes mais casos de dengue que no ano passado
De acordo com novo boletim, divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Saúde, cidade tem 228 casos confirmados esse ano e quase 2 mil em análise.
Números que impressionam. Em janeiro de 2019, a cidade teve 21 casos confirmados de dengue. Mas, quando comparamos esse dado à quantidade de confirmações da doença no mesmo mês desse ano, o avanço rápido da dengue fica evidente. O novo boletim semanal, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira, traz 228 casos confirmados, sendo seis do tipo mais grave da doença, e quase 2 mil em análise. Nas cinco semanas epidemiológicas do ano a Secretaria já registrou mais de 2.350 notificações.
Em relação ao boletim anterior foram apenas 11 novas notificações e um caso confirmado. Mas, os números não refletem completamente o momento da doença na cidade, já que as notificações ainda são feitas em papel por cada das umas mais de 60 unidades de saúde do Município e só depois encaminhadas à Secretaria. Em relação aos confirmados, situação semelhante, por conta da necessidade de fazer os exames em Curitiba, no Laboratório Central, que trabalha atualmente com um grande volume de análises a serem feitas.
O secretário Municipal de Saúde, Felippe Machado, diz que a cidade continua em alerta e que um novo veneno contra o mosquito, chamado Cielo, deve chegar à cidade em fevereiro. Enquanto o produto não chega, o Governo Federal liberou 20 mil litros de Malathion para o Paraná e parte dele vem aqui para Londrina. Machado afirma que a aplicação do veneno vai ser priorizada nos bairros com maior incidência de focos do mosquito.
O secretário diz que toda semana alguma região da cidade vai receber um grande mutirão, que é hoje a principal estratégia do Município para combater os focos do mosquito. Nesta sexta-feira, serão finalizados os mutirões da zona leste, quando foram visitados quase 6 mil domicílios.
Perguntado sobre a possibilidade de multar os donos de imóveis com focos do mosquito e o efeito pedagógico que essa punição poderia ter, Felippe Machado, afirma não acreditar na medida e diz que as multas poderiam dificultar ainda mais o trabalho dos agentes de endemias.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, a principal preocupação do Município hoje é em relação ao aumento das notificações nas zonas leste e norte da cidade, mas a situação, segundo Sônia Fernandes, não é muito diferente do restante da cidade.
Sobre as duas mortes suspeitas de dengue que estão sendo investigadas, o resultado deve sair na semana que vem.
Neste sábado, o mutirão da Prefeitura, com a participação de servidores de diversas Secretarias, será no jardim Novo Amparo, na zona norte da cidade, outro bairro com altos índices de infestação e números de casos da doença.