QUARTA, 26/02/2020, 17:14

Londrinense relata experiência de viver na Itália abalada pelo novo coronavírus

Jornalista diz que tem se protegido para sair na rua, e que já há falta de mantimentos em farmácias e supermercados. Primeiro caso da doença confirmado no Brasil é de morador que esteve no país europeu, que já registra 374 casos e doze mortes.

A jornalista londrinense Luana Sorgi tem acompanhado de perto a preocupação dos italianos com a proliferação do novo coronavírus. A brasileira vive há seis meses em Cinisello Balsamo, a menos de dez quilômetros do centro de Milão, a região da Itália mais afetada pela doença até o momento. O país vive um surto do chamado Covid-19. Até o final da tarde desta quarta-feira, eram 374 casos de pessoas infectadas e doze mortes. Também veio da Itália o primeiro caso de novo coronavírus do Brasil. O homem de 61 anos, que teve o caso confirmado pelo Ministério da Saúde nesta quarta, esteve no país europeu na última semana. Ele está sendo tratado numa ala isolada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Em um relato à CBN, Luana diz que tem se protegido como pode para sair na rua. Como as máscaras cirúrgicas acabaram nas farmácias, a jovem adotou a prática de enrolar um cachecol no rosto para tapar o nariz e a boca. Ela conta ainda que já há falta de mantimentos nos supermercados, e que muitas farmácias estão com as portas fechadas por conta da falta de produtos nos estoques.

A jovem relata também que a informação que circula pela província é de que a fronteira com os países vizinhos vai ser fechada a qualquer momento.

A jornalista, que estuda na Itália, disse que, pelo menos por enquanto, não pensa em voltar para o Brasil. Ela reconhece que a situação é bem complicada, mas que tem tomado todas as precauções necessárias repassadas pelo governo local.

Por Guilherme Batista

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