SEXTA, 11/12/2020, 09:37

Londrisul entra com ação na Justiça para impedir paralisação de motoristas

Sintroll alega atraso no pagamento de benefício do Programa de Participação nos resultados.

Para evitar uma paralisação de motoristas marcada para manhã desta sexta-feira (11), a Londrisul - empresa que opera dois terços do transporte coletivo de Londrina - ingressou com uma ação judicial para impedir a manifestação e garantir a circulação dos ônibus. Em caráter liminar, a juíza do trabalho Thaise Cesario Ivantes, decidiu nesta quinta-feira (10) em favor do intertido proibitório contra o Sindicato dos Trabalhadores para impedir o protesto.

O presidente, Sindicato dos Trabalhadores do Transporte, João Batista da Silva, não quis gravar entrevista. Entretanto,  ele confirmou à CBN que os motoristas estudavam uma paralisação por conta da falta de no pagamento de benefício do Programa de Participação nos Resultados. O PPR, segundo o Sintroll, não foi pago no dia 10 de junho e 10 de dezembro, conforme acordo firmado com a empresa em 2019.

Segundo o advogado da Londrisul, Osvaldo Alencar Silva, o acordo coletivo que previu o PPR em duas parcelas foi firmado antes da pandemia. A defesa alega que o cenário econômico mudou e que não há como a empresa pagar participação nos resultados diante da queda exponencial no número de passageiros.

A magistrada escreveu que apesar do direito à greve estar assegurado pela Constituição, qualquer abuso deve ser vedado. A juíza trabalhista considerou que o transporte publico é serviço público essencial.  O advogado da empresa salienta que o mérito do pedido do benefício dos trabalhadores está sendo debatido também no Judiciário e lembra que ação foi tomada pela Londrisul foi para evitar prejuízo aos usuários.

Ao assinar a proibição da paralisação de motoristas, a magistrada determinou a sanção de multa de R$ 100 mil contra o sindicato em caso de descumprimento. O sindicato também tem 15 dias para se manifestar em juízo.

Por Guilherme Marconi

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