Luiz Abi Antoun, parente do ex-governador Beto Richa, não foi preso pela Polícia Federal novamente nesta quarta-feira porque está no Líbano. Ele embarcou no dia 22 de setembro para Beirute para visitar alguns parentes. Segundo o advogado dele, Anderson Mariano, a viagem foi comunicada ao judiciário, cumprindo uma medida restritiva imposta a ele, que é réu na Operação Publicano, que apura um esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná. No entanto, essa notificação só foi feita dois dias após o embarque, em 24 de setembro. Segundo a defesa, ele volta para Londrina no dia 6 de outubro, para participar das audiências da Publicano.

A liberação do passaporte dele foi feita pelo juiz Juliano Nanúncio, da 3ª Vara Criminal de Londrina, no dia 5 de julho. A única restrição era informar sobre as viagens.

Agora, o empresário está na lista de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão na 55ª fase da Operação Lava Jato. Essa etapa investiga possível corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato em esquemas relacionados à administração das rodovias federais no Paraná, vias que integram o chamado Anel da Integração. Segundo a PF, ele não é considerado foragido.

Ainda nesta quarta-feira, o advogado dele entrou com um pedido de habeas corpus na 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, direcionado ao ministro Gilmar Mendes. O pedido ainda não foi julgado.

Abi havia sido preso pela Operação Rádio Patrulha e foi solto no dia 14 de setembro. Nesse caso, ele é investigado por supostamente compor uma organização criminosa que superfaturava contratos do serviço de patrulha rural. Junto com ele, foram presos o ex-governador Beto Richa, a esposa dele, o irmão dele e secretários ligados a administração do estado. A soltura foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF)