QUINTA, 23/11/2017, 19:19

Mais de 40 detentos das unidades prisionais de Londrina passaram na primeira fase do vestibular da UEL

Diretor de unidade de ensino da PEL 2 diz que tem candidato aprovado para  cursos como o de direito, engenharia elétrica e psicologia e que entre os presos que estudam, a reincidência cai drasticamente. 

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, o Cebeja, tem 860 presos fazendo o ensino formal.  Desse total, cerca de 120 detentos, de três unidades prisionais da cidade, prestaram a primeira fase do vestibular da UEL desse ano.

E o número de aprovados superou as expectativas, 42 presos passaram e vão prestar a segunda fase do concurso.

E eles vão enfrentar uma concorrência grande. No curso de Medicina são mais de 144 candidatos para cada vaga. O segundo mais concorrido é Biomedicina, com pouco mais de 32 candidatos por vaga, seguido de Psicologia, que tem mais de 28 candidatos disputando uma vaga.

Reginaldo Peixoto, diretor da unidade do Cebeja na PEL 2, afirma que há estudante aprovados para cursos como direito, engenharia elétrica e psicologia. O diretor diz que entre os presos que têm a oportunidade de estudar, a reincidência cai drasticamente.  

A segunda fase do Vestibular da UEL começa no dia 3 de dezembro, com as provas de línguas e literaturas.

No dia seguinte, tem a prova discursiva de conhecimentos específicos e no dia 5, serão aplicadas as provas de habilidades específicas, para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes visuais e design.

O diretor do Cebeja afirma que a possibilidade de reinserção é real, apesar das falhas do sistema penitenciário brasileiro. E os exemplos, segundo ele, já estão por ai, com presos que estudaram, saíram do sistema e hoje levam uma vida normal.

 Reginaldo Peixoto diz que a recuperação é lenta, mas é extremamente necessária, já que o preso, um dia, vai sair da penitenciária.

Este ano, a UEL oferece quase 2.500 vagas, em 53 cursos de graduação, e outras 598 pelo Sistema de Seleção Unificada, o Sisu.

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