QUARTA, 29/03/2023, 16:20

Mais de cem escorpiões são capturados por semana em armadilhas instaladas em cemitério de Londrina

Dispositivo idealizado por aluno da Universidade Estadual de Londrina tem ajudado Acesf a diminuir proliferação dos aracnídeos no espaço. Resultado positivo deve fazer autarquia instalar armadilhas em outros cemitérios da cidade.

O cemitério Padre Anchieta, na zona leste de Londrina, passou a contar, há algumas semanas, com armadilhas próprias para a captura dos escorpiões amarelos. Os aracnídeos tomaram conta do espaço porque sabem que ali conseguem encontrar baratas em abundância, o seu principal alimento. Preocupada com a proliferação dos bichos, que podem causar acidentes graves por conta de suas picadas, a Acesf, que administra os cemitérios e serviços funerários na cidade, fechou uma parceria com o Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL) para a construção das armadilhas, que nada mais são que pequenas caixas de madeira em que os escorpiões conseguem entrar, mas ficam impossibilitados de sair. Com a ajuda dos dispositivos, mais de cem aracnídeos estão sendo capturados por semana no cemitério. O professor e pesquisador da UEL, João Zequi, contou que a armadilha é resultado da tese de mestrado de um aluno, que estudou medidas simples, baratas e eficazes para o controle da população dos escorpiões em ambiente urbano. Ele ressaltou a importância de a ideia elaborada de forma acadêmica ter conseguido gerar um resultado prático tão positivo à população.

De acordo com a Acesf, há a previsão da instalação das armadilhas em outros cemitérios da cidade que sofrem com a presença dos escorpiões. O Jardim da Saudade, na zona norte, deve ser o próximo a ser atendido. E esse combate à proliferação dos aracnídeos se torna ainda mais importante se levarmos em conta o alto número de acidentes envolvendo os bichos na cidade. Somente no ano passado, cerca de 90 pessoas foram picadas no município.

A orientação nestes casos é para que a vítima lave bem o local da picada com água e sabão e procure imediatamente uma unidade de saúde. O professor da UEL disse que a população também pode atuar para prevenir que os escorpiões acessem as residências, evitando o acúmulo de lixo e entulho e colocando redes e proteções nos ralos.

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