SEXTA, 31/03/2017, 17:33

Mais um dia de muito trabalho para a Comissão de Ética da Câmara Municipal de Londrina

Nesta terça-feira foi ouvida a testemunha da enfermeira Regina Amâncio, na representação que ela encaminhou contra o vereador Emerson Petriv, do PR.

O vereador Emerson Petriv (PR) entrou na audiência durante o andamento da Comissão, por volta das onze e meia da manhã. Pouco antes, discutiu com o marido de uma das médicas que trabalha na UPA do Sabará, e que estava aguardando no saguão da Câmara. O próprio vereador filmou o bate-boca.

Meia hora depois, o tumulto foi dentro da sala de reuniões. O advogado Carlos Lamerato, que representa Petriv, chamou a Comissão de imparcial, por acolher as perguntas formuladas pela acusação quando Lamerato saiu da sala. Ele chegou a pedir a anulação do processo. A sessão chegou a ser suspensa, a segurança da Câmara foi chamada, mas a comissão seguiu com os trabalhos.

Eduardo Caldeira é advogado de Regina Amâncio e comenta o ocorrido.

Para o advogado de defesa, Carlos Lamerato, o processo analisado pela Comissão de Ética é imoral.

As atividades da Comissão estavam marcadas para as 10 horas da manhã, e só foram encerradas perto da uma hora da tarde. No cronograma, os depoimentos das testemunhas convocadas pela enfermeira Regina Amâncio. Ela indicou 5, compareceram 3 e, por fim, somente 1 foi ouvida pela comissão: Franciele Morete, que trabalha na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Sabará, um dos postos que recebeu a chamada “blitz da saúde”, promovida pelo vereador, no mês de janeiro.A enfermeira Regina Amâncio pediu dispensa das outras testemunhas, para agilizar o processo.

Na próxima segunda-feira, serão ouvidas as testemunhas do vereador Emerson Petriv, e, no dia seguinte, o próprio vereador vai dar o seu relato. A comissão tem até o dia 22 de abril para apresentar um parecer final. Nesta instância, a possível condenação do vereador passa por decoro parlamentar, o que pode levar a uma suspensão da Câmara, mas não à cassação do mandato.

 

Comentários