QUARTA, 15/11/2017, 18:53

Manifestantes se reúnem no feriado para protestar contra a ideologia de gênero

Com o tema “Família, a melhor ideologia”, pessoas ligadas a movimentos políticos e à igreja católica se manifestaram contra o que consideram uma imposição de valores às famílias.

A passeata saiu da rotatória em frente ao colégio Vicente Rijo e foi em direção ao lago Igapó. Debaixo de um sol de 33º, carregando faixas e cartazes, saiu da avenida JK, com o apoio de um carro de som e caminhou em direção ao lago.

Douglas Roberto, do movimento Parlatório Livre, um dos coordenadores da passeata, diz que a manifestação é contra a implantação da chamada ideologia de gênero.

E a filósofa americana Judith Butler, que esteve no país há poucos dias para uma palestra marcada por muita confusão em São Paulo, foi um dos alvos dos manifestantes. Referência mundial nos estudos de gênero, Judith veio ao país para falar de política, no seminário “Os Fins da Democracia”, organizado pela USP em parceria com a Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, onde é professora.

Para o coordenador da manifestação, existe atualmente uma imposição de valores no país, inclusive através do ensino público.

Segundo o coordenador, a manifestação foi organizada por sete grupos, entre eles o Movimento Brasil Livre, o Marcha Londrina, além de setores da igreja católica.

Com o calor forte, muita gente buscou a sombra das árvores para se proteger. A dentista Elaine Cintra diz que foi à passeata motivada pela família e que não concorda com o que ela chama de imposição de valores nas escolas, principalmente em relação à sexualidade. 

Ao lado dela, a amiga e professora Carmen, afirma que foi para a manifestação para protestar contra a ideologia de gênero.

O militar Emerson Rodrigues foi à manifestação acompanhado da esposa e da filha, segundo ele para lutar pela família.

A mobilização e os protestos contra a ideologia de gênero no Brasil começaram depois que o conceito surgiu nos debates prévios à elaboração do Plano Nacional de Educação, em 2014.

Os teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, e que cada indivíduo deve construir sua identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, seriam papéis sociais flexíveis, independentes do que a biologia determine como tendências masculinas ou femininas.

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