A Mesa Executiva da Câmara analisou ontem três pareceres contra três vereadores da Casa. Dois dos processos foram apresentados pelo vereador Emerson Petriv (PR), o Boca Aberta.

Em um deles, ele acusa o vereador Vilson Bittencourt (PSB) de violar o Código de Ética e Decoro Parlamentar por uma suposta ameaça a um ex-assessor do próprio Vilson Bittencourt. No processo, foi apresentado um Boletim de Ocorrência, que relata que ele teria ido até a residência do ex-assessor, e usado a expressão “você não perde por esperar”. O vereador Vilson Bittencourt declarou não ter conhecimento do ocorrido, e indicou que só vai se pronunciar após receber o despacho do processo. A Mesa Executiva decidiu abrir um prazo de 10 dias para o vereador Vilson Bittencourt apresentar uma defesa prévia. Depois disso, a Mesa pode tanto arquivar o processo, como encaminhar para a Comissão de Ética ou para o plenário da Câmara.

Na outra representação feita por Emerson Petriv, ele acusa o vereador Jamil Janene de participar de um acordo de bastidores, envolvendo o prefeito Marcelo Belinati, para assumir o cargo dos vereadores licenciados Fernando Madureira e Douglas Pereira, o Tio Douglas. A Mesa arquivou o processo, pela falta de provas da acusação.

Por fim, também foi analisado um processo movido pelo coletivo de sindicatos, contra o vereador Filipe Barros (PRB). As entidades pedem a cassação do mandato do vereador, que no dia 28 de abril ofendeu manifestantes que participavam da Greve Geral. No episódio, registrado em vídeo e divulgado pela própria equipe do vereador, Filipe Barros fez menção a bullying e violência. A Mesa Executiva da Câmara optou por anexar o pedido dos sindicatos a uma outra representação, movida por um estudante de direito, pelo mesmo episódio, e que já está sendo analisada pela Câmara.

Para os próximos dias, está prevista a manifestação da Mesa Executiva sobre o processo movido pela enfermeira Regina Amâncio contra o vereador Emerson Petriv, por suposto estelionato. Uma denúncia chegou a ser apresentada, e o plenário da Câmara iria decidir pela abertura de uma comissão processante para investigar a conduta do vereador. Mas a decisão foi anulada, porque a acusação anexou novas peças ao processo, depois de a defesa já ter se manifestado. Com isso, um novo prazo foi aberto, e a Mesa vai analisar novamente a representação. O presidente da Mesa Executiva, vereador Mario Takahashi, explica o encaminhamento.