Ministério Público adia para daqui duas semanas conclusão de auditoria sobre preços praticados pelos postos de combustíveis em Londrina
Fiscalização do Procon aponta que pelo menos 19 estabelecimentos praticaram valores abusivos durante a greve dos caminhoneiros. Empresários podem responder criminalmente por isso.
O promotor de Defesa do Consumidor de Londrina, Miguel Sogaiar, aceitou pedido feito pelos auditores do Ministério Público e adiou para daqui duas semanas o pente-fino que está sendo feito na prestação de contas e notas fiscais de todos os quase cem postos de combustíveis da cidade, além das refinarias e distribuidoras. O trabalho começou no mês passado, quando o promotor abriu um procedimento administrativo criminal para apurar a possível prática de preços abusivos por parte de pelo menos 19 estabelecimentos durante a greve dos caminhoneiros. Segundo levantamento do Procon, alguns postos chegaram a vender o litro da gasolina por até 5 reais no município.
O Ministério Público conseguiu todos os documentos e dados necessários com a Receita Estadual para a realização da auditoria, que, conforme o promotor, se mostrou mais detalhada e complexa do que o esperado e, por conta disso, deve ser concluída só no meio do mês que vem.
A CBN também procurou o coordenador do Procon, Gustavo Richa, mas ele disse apenas que, assim como o promotor, está no aguardo da conclusão da auditoria, e que, pelo menos por enquanto, os fiscais não encontraram mais nenhuma irregularidade sendo praticada pelos postos.
No dia em que anunciou os trabalhos, Miguel Sogaiar garantiu que se as irregularidades ficarem comprovadas, os donos de postos vão responder criminalmente pelo prejuízo causado aos consumidores, registrado, segundo ele, num período de muita dificuldade.
A conclusão da auditoria, que pode comprovar os possíveis preços abusivos praticados pelos postos de combustíveis em Londrina, deve sair em duas semanas.