QUARTA, 21/11/2018, 19:21

Ministério Público apresenta nova denúncia, por lavagem de dinheiro, contra auditores fiscais investigados na Publicano

Promotor do Gaeco afirma que apenas em relação a Márcio Albuquerque e a esposa, a denúncia aponta a lavagem de cerca de R$ 1,2 milhão usados na compra de imóveis e uma lancha, entre outros bens.

No total, foram denunciados ao juiz Juliano Nanuncio, da 3ª Vara Criminal de Londrina, quatro ex-auditores da Receita Estadual, Márcio de Albuquerque Lima, a esposa dele, Ana Paula Pelizari Lima, Milton Oliveira Giácomo e o delator do esquema que deu origem à Publicano, Luiz Antônio de Souza. Na denúncia, o Ministério Público acusa os quatro de lavagem de dinheiro.

O promotor Jorge Barreto, do Gaeco, explica que a nova ação é parte da Operação Publicano. Segundo o promotor, os ex-auditores usavam a propina recebida do esquema de corrupção na Receita Estadual para comprar bens e declaravam valores menores do que o efetivamente pago e assim tentavam legalizar o dinheiro sujo.

De acordo com Barreto, alguns bens comprados pelos quatro foram colocados em nome de laranjas do esquema, mas alguns foram registrados no nome dos próprios ex-auditores. O promotor diz ainda que a investigação conseguiu chegar à lavagem de dinheiro a partir do cruzamento de informações bancárias e fiscais.

Jorge Barreto afirma que apenas em relação a Márcio Albuquerque e a esposa, a denúncia aponta a lavagem de cerca de R$ 1,2 milhão. Segundo o promotor do Gaeco, entre os bens comprados e apontados na denúncia como fruto de lavagem de dinheiro, há imóveis aqui na região e em cidades de outros estados, além de um carro de corrida do ex-auditor e uma lancha.

Em relação à segunda fase da Publicano, a maior de todas e que concluiu os depoimentos das testemunhas este mês, o promotor do Gaeco diz que as alegações finais das partes devem só ocorrer no início de 2019. E logo na sequência, entre fevereiro e março, devem ser definidas as datas dos interrogatórios dos reús da Publicano 5.

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