Ministério Público confirma um “intermediador” de fraudes na cobrança de IPTU de Londrina
Segundo o promotor, essa pessoa procurava os contribuintes e oferecia o serviço fraudulento de cancelamento de imposto.
O Ministério Público prefere não identificar o “intermediador” que agia fora da prefeitura, mas confirma a ação dele no esquema de cancelamento de débitos do IPTU. A confirmação, segundo o promotor Leandro Antunes, se deu no decorrer das oitivas da operação Password.
Sem dar nomes, o promotor afirma que essa pessoa é parente de um dos acusados de envolvimento no esquema. Ele oferecia o serviço fraudulento a contribuintes, que foram, inclusive, vítimas de um crime de estelionato.
Até o momento, cerca de 50 pessoas já foram ouvidas na investigação. Entre elas, os acusados, as testemunhas e os contribuintes que tiveram o valor do imposto modificado ou até mesmo cancelado. Só nesta segunda-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ouviu 10 pessoas, como destaca o promotor. Outras testemunhas ainda devem ser chamadas.
Segundo Leandro Antunes, apesar dos novos depoimentos, ainda não foram identificadas novas fraudes ou baixas irregulares. A documentação de alguns imóveis ainda está sendo analisada. O prejuízo calculado, até agora, é de R$ 700 mil, que deixaram de ser arrecadados pelo município com ISS, IPTU e ITR.
Quatro pessoas foram presas no final do mês passado, quando foi deflagrada a operação. Entre elas: o gerente de cadastro imobiliário Claudinei Sisner, a servidora Paula Souza, a ex-estagiária da secretaria municipal de fazenda, Camila Azarias. O servidor Marcos Paulo Modesto não chegou a ser preso porque no dia do cumprimento do mandato, ele estava passando por uma cirurgia. O promotor destaca que os quatro estão em liberdade e o Ministério Público aguarda uma decisão judicial quanto à solicitação de medidas cautelares contra eles.