TERCA, 14/08/2018, 19:22

Ministério Público pede prisão de casal dono de construtora acusada de dar golpe milionário em Londrina

Segundo investigação do MP, a dupla estaria agora em Santa Catarina, mas já teria passado por Minas Gerais e São Paulo, onde também teria cometido os mesmos crimes.

Na denúncia, o Ministério Público pede a prisão preventiva do casal proprietário da construtora, Flávio Humberto Militão e Andréia Ramos da Silva. O processo, que está sob responsabilidade do Juiz Délcio Miranda da Rocha, corre na 2ª Vara Criminal. No total, oito pessoas foram denunciadas por diferentes crimes. Além do casal, os outros seis denunciados eram funcionários da empresa e tiveram uma participação menor no golpe.

Na denúncia, o Ministério Público relata que sete dos envolvidos teriam cometido seis crimes, entre eles associação criminosa, crime contra as relações de consumo e estelionato qualificado, cometido com fraudes de documentos, além de apropriação indébita. Um dos acusados responde somente por falsa identidade.

O processo agora está na fase de citação dos acusados, que agora têm dez dias para apresentar defesa prévia. No total, o MP arrolou 20 testemunhas de defesa para o caso, que chegou à marca de 79 vítimas.

Para quem perdeu parte das economias de uma vida acreditando no sonho da casa própria, como a servidora pública Raquel Moreira, de 37 anos, a denúncia do Ministério Público representa a esperança de justiça. Ela chegou a dar uma entrada de R$ 33 mil, de um total de R$ 80 mil. Ela conta que vendeu um carro para pagar a primeira parcela à construtora.

A servidora pública conta que todas as vítimas se uniram e até se tornaram amigas. Ela diz que em nenhum momento desconfiou de que se tratava de um golpe.

Segundo o Ministério Público, atualmente a dupla está em Santa Catarina, mas já teria passado por Minas Gerais e São Paulo, onde também teria cometido os mesmos crimes. O inquérito civil aberto aqui em Londrina, que deveria, entre outras coisas, arrolar bens da construtora e calcular indenizações para as vítimas, acabou arquivado porque a empresa não tinha nada registrado em seu nome.

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