Ministério Público quer detalhes sobre instalação de grades no Terminal Rodoviário de Londrina
Administração do espaço diz que quantidade de pessoas dormindo no local aumentou muito nos últimos meses e vinha provocando uma série de problemas, como relações sexuais ao ar livre, brigas e até duas mortes.
A instalação das grades começou na semana passada. O fechamento da área, segundo a administração do terminal, tem como objetivo evitar que pessoas em situação de rua durmam na parte de trás do terminal, onde hoje ficam os embarques dos ônibus metropolitanos e o ponto dos táxis. Com a novidade, o embarque e desembarque dos passageiros passam a ser feitos no piso superior.
Segundo a gerência do terminal, a quantidade de dependentes químicos e traficantes que usam o local vinha aumentando nos últimos meses e provocando uma série de problemas, como brigas e discussões. De acordo com a administração da rodoviária, relações sexuais também passaram a ser comuns no piso inferior do terminal, que em algumas noites chegou a receber cerca de 30 pessoas. Duas mortes também teriam ocorrido.
A instalação da grade vai custar aproximadamente R$ 40 mil e dividiu opiniões entre os usuários do terminal. O assunto também levou o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público paranaense a notificar o fato ao promotor Miguel Sogaiar, da 24ª Promotoria de Justiça de Londrina.
No documento, a promotora Ana Carolina Pinto Franceschi cita a instalação da grade para evitar que pessoas em situação de rua durmam nos fundos do Terminal e pede que o promotor tome as providências que julgar cabíveis.
A reportagem da CBN Londrina conversou com o promotor Miguel Sogaiar sobre o assunto, mas ele preferiu não gravar entrevista. O promotor confirmou o recebimento do ofício encaminhado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça, mas disse que só deve analisar o documento nesta segunda-feira.