Ministério Público sugere coleta de recicláveis ao menos três vezes por semana em Londrina
Para promotora de justiça de Defesa do Meio Ambiente, é preciso sistematizar o serviço para que o trabalho das cooperativas renda mais. Reunião nessa segunda-feira discutiu alternativas para o fim da distribuição dos sacos verdes.
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização suspendeu no último mês a distribuição dos sacos verdes para as cooperativas de reciclagem de Londrina. A medida, segundo a CMTU, foi tomada para que o órgão economize R$ 400 mil até dezembro. O corte desagradou cooperativas de catadores, que se reuniram nessa segunda-feira com a promotora de justiça de Defesa do Meio Ambiente, Solange Vicentin, e também com representantes da companhia. Para a promotora, no entanto, a ampliação dos dias de coleta é mais importante do que a volta dos sacos verdes. Na reunião, Solange sugeriu que os catadores visitem os imóveis ao menos três vezes por semana, e não uma, como acontece atualmente.
A proposta ainda será debatida em detalhes. Enquanto isso, de acordo com a promotora de Meio Ambiente, o londrinense que tiver condições financeiras podem comprar o material para separar o lixo reciclável.
Com os sacos verdes, as sete cooperativas de Londrina haviam aumentado o montante de recicláveis recolhidos. Foram, em média, 1.280 toneladas por mês no primeiro trimestre deste ano. Esse número havia sido de 936 toneladas mensais no mesmo período do ano passado. O presidente da Cooper Região, Zaqueu Vieira, estimou que a coleta subiu 30% com a distribuição da sacaria. Agora, segundo ele, a situação ficou complicada. Uma das saídas estudadas pelos cooperados é realizar mais ações de conscientização com a população.
A coordenadora de coleta seletiva da CMTU, Eliene Moraes, também defendeu que o trabalho de conscientização precisa ser incrementando. Além disso, a companhia quer firmar parcerias com supermercados da cidade para que todas as sacolas dos estabelecimentos sejam da cor verde.
A promotora Solange Vicentin declarou que a separação dos recicláveis por parte dos moradores não pode depender da disponibilidade dos sacos verdes. Ela ressaltou ainda que a coletiva seletiva é fonte de renda para famílias carentes de Londrina.